Paula Mendes COSTA
Este trabalho objetiva descrever o comportamento das nasais no Crioulo da Guiné-Bissau (CGB) considerando os fenônemos fonológicos que as envolvem e justificase pelo fato de não haver na litertura um consenso estabelecido quanto à interpretação desses segmentos. Ele se inscreve nos estudos crioulísticos de base sincrônica, apoiandose inicialmente na abordagem estruturalista norte-americana e, para análises mais aprofundadas, em arcabouço teórico mais moderno, fornecido pela fonologia pósgerativa, constante em Goldsmith (1995), Clements (1995), entre outros. O CGB integra a família linguística dos crioulos de base lexical portuguesa da Alta Guiné, da qual também fazem parte o crioulo caboverdiano e o crioulo de Casamansa. Assim, o CGB resulta do contato entre o português e as línguas africanas (família Níger-Congo) faladas na Guiné-Bissau. Este trabalho faz parte da dissertação de mestrado (2014) da autora e a metodologia adotada para sua realização contemplou a coleta de dados sonoros junto a 5 estudantes guineenses vinculados à UFPE, sua transcrição fonética, análise e verificação acústica dos dados e comparação dos resultados com a literatura. Os resultados encontrados indicaram que: (1) em posição de ataque silábico, a nasal do CGB é semelhante à do português europeu; (2) em interior de palavra a nasal seria coda; e (3) em posição de coda e em início de palavra, a nasal é silábica e corresponde fonologicamente a um arquifonema. Assim, de acordo com o que foi verificado, não precisaríamos considerar a existência de pré-nasalizadas no Crioulo da Guiné Bissau.
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