MARIA SOLANGE DE FARIAS
A pronúncia é imprescindível para a comunicação porque ela é o suporte tanto da produção como da recepção da mensagem oral. No entanto, ela continua desassistida nas aulas de línguas estrangeiras. Como consequência, observam-se nos alunos, mesmo estando em estágios avançados de aprendizagem, erros de pronúncia fossilizados e difíceis de erradicar. A falta de atenção dada ao ensino da pronúncia pode ser resultado da falta de materiais que privilegiem o ensino tanto dos elementos segmentais (pronúncia de vogais e consoantes) como suprassegmentais (entonação, acento, ritmo) da língua estudada. Para verificar essa hipótese, propomos este estudo que tem como objetivos determinar que aspectos da pronúncia são privilegiados nos manuais de espanhol, descrever a tipologia de atividades utilizada e também observar que variante linguística os manuais privilegiam e as implicações desta escolha. Esta pesquisa se caracteriza como qualitativa descritiva já que nela analisamos e descrevemos as atividades de pronúncia em manuais de língua espanhola, sem fazer nenhuma interferência. Como referencial teórico utilizamos autores como Cantero (2003), Iruela (2004), Olivé (2005), Fernández (2007) e Viciedo (2007). Concluímos que o ensino da pronúncia continua tendo pouco espaço dentro dos manuais de línguas estrangeiras. As poucas atividades dedicadas ao ensino dos elementos segmentais e suprassegmentais são de discriminação, destinadas a diferenciar um fonema dentro de uma palavra ou uma frase a partir da entonação e atividades de repetição a partir de um modelo dado; a variante linguística utilizada é a estándar do centro-norte peninsular com amostras de algumas variantes hispanoamericanas.
Leia o trabalho em sua íntegra clicando aqui.
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